Trump adota estratégia típica de tempos de guerra e crises – e acende sinal de alerta

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A administração atual está assumindo participações diretas em empresas em nome da segurança nacional


O presidente Donald Trump adotou uma estratégia normalmente vista em períodos de guerras ou crises econômicas: assumir participações diretas em empresas em nome da segurança nacional. O portal americano CNBC publicou reportagem sobre o assunto neste sábado (26).

O primeiro exemplo envolve a Nippon Steel, maior produtora de aço do Japão. No mês passado, a empresa concluiu a compra da firma americana US Steel em um acordo de US$ 14,9 bilhões. Como “recompensa” pelo acordo sob sua administração, Trump recebeu um “golden share”, um tipo especial de ação que dá ao político o poder de veto sobre decisões.

Neste mês, o Departamento de Defesa também concordou em adquirir uma participação de US$ 400 milhões na mineradora de terras raras MP Materials, tornando o Pentágono o maior acionista da empresa.

Em janeiro, a administração atual da terra do Tio Sam também propôs que o país comprasse 50% do TikTok como parte de uma joint venture. Se a empresa ByteDance, dona da plataforma, não oficializar a venda para a nação até o dia 17 de setembro, será banida nos EUA e saíra do ar.

Para Sarah Bauerle Danzman, especialista em investimentos estrangeiros e segurança nacional do think tank Atlantic Council, um democrata seria “acusado de comunista” se tomasse tal atitude, e muitos republicanos provavelmente não se sentiriam à vontade em seguir. Trump, falou a especialista, está ampliando os limites do que é possível nos EUA em termos de intervenção estatal na economia.

Os EUA têm histórico de intervenção em setores estratégicos, segundo a reportagem, mas somente quando a segurança nacional está em jogo – em tempos de guerra, crise econômica ou como forma de resgatar empresas essenciais da falência.

Na década de 1970, por exemplo, gigantes como Lockheed e Chrysler receberam socorro financeiro do governo. Já em 2008, o governo dos EUA comprou uma participação majoritária na General Motors para evitar que a montadora quebrasse durante a crise financeira.

Mais intervenções

Mais intervenções podem estar no horizonte, à medida que o governo Trump desenvolve uma política para apoiar empresas americanas em setores estratégicos contra a concorrência estatal da China.

O Secretário do Interior, Doug Burgum, disse em abril que o governo americano pode precisar fazer um “investimento de capital em cada uma dessas empresas que estão competindo com a China em minerais essenciais”. O investimento do Pentágono na MP Materials é um modelo para futuras parcerias público-privadas, disse o CEO James Litinsky.

“É uma nova maneira de acelerar o livre mercado e obter a cadeia de suprimentos que desejamos”, disse Litinsky à CNBC. O governo dos EUA está ajudando a indústria de mineração a combater o “mercantilismo chinês”, disse o CEO.





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