Delegado promovido por Lula e que investigou facada em Bolsonaro é preso por corrupção

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Medida dos EUA atinge esposa do ministro do STF e instituto ligado à família em meio à pior crise diplomática com o Brasil em mais de 200 anos

 

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou novas sanções no âmbito da Lei Global Magnitsky contra Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, e contra o Instituto Lex, organização jurídica ligada à família. Moraes já havia sido alvo de punições desde 30 de julho. As medidas acontecem em um momento de tensão diplomática, após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Nova York para a Assembleia Geral da ONU.

Segundo autoridades americanas, as sanções fazem parte de um pacote mais amplo, que pode incluir novas restrições a autoridades brasileiras. A decisão veio após manifestações contra a chamada PEC da Blindagem e a anistia a envolvidos no 8 de Janeiro, projeto defendido pela direita e que conta com apoio do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do comentarista Paulo Figueiredo, ambos em articulação junto ao governo de Donald Trump. O republicano comparou a condenação de Bolsonaro ao processo que enfrentou após o ataque ao Capitólio, em 2021, classificando a decisão do STF como uma “caça às bruxas”.

O endurecimento das relações bilaterais começou há dois meses, com a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, seguida por restrições de visto e sanções contra ministros do STF e integrantes do governo Lula. Agora, o governo americano amplia a pressão política e econômica, justificando as medidas como uma defesa da liberdade de expressão. O Itamaraty reconhece a gravidade da crise — considerada a mais séria em 201 anos de relações diplomáticas — e avalia que, embora as restrições de visto tenham impacto simbólico, as novas medidas econômicas representam um desafio maior para o Brasil.

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