APOIE O JORNALISMO INDEPENDENTE
CONTRIBUA COM PIX DE QUALQUER VALOR PARA CHAVE IMAIL ABAIXO
expressobrazilnews@gmail.com
ou pix para o número (85) 99945-3280
O presidente eleito repetiu os seus comentários de que o Canadá deveria tornar-se o "51º Estado" depois de o líder canadiano Justin Trudeau se ter demitido, marcando o fim do seu mandato de nove anos no poder.
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, repetiu as suas rebuscadas sugestões de que os Estados Unidos deveriam assumir o controlo do Canadá e da Gronelândia, horas depois de o primeiro-ministro canadiano de longa data, Justin Trudeau, ter anunciado a sua demissão.
Trudeau demitiu-se na segunda-feira, invocando batalhas internas e um governo improdutivo. "Este país merece uma verdadeira escolha", afirmou o agora ex-líder, pondo fim a quase uma década no poder.
Em resposta, Trump publicou na sua plataforma Truth Social que se o Canadá se fundisse com os EUA "não haveria tarifas, os impostos baixariam muito e eles estariam TOTALMENTE SEGUROS da ameaça dos navios russos e chineses que estão constantemente a cercá-los".
Trump acrescentou: "Os Estados Unidos não podem continuar a sofrer os enormes défices comerciais e os subsídios de que o Canadá necessita para se manter à tona. Justin Trudeau sabia disso e demitiu-se".
Não é a primeira vez que Trump fala sobre a possibilidade de o Canadá se tornar parte dos EUA. Em dezembro, afirmou que "muitos" canadianos queriam que as nações se fundissem, no entanto, uma sondagem do Leger sugere que o número ronda os 13%.
Trudeau anunciou a demissão do cargo de primeiro-ministro e de líder do Partido Liberal, que irá agora escolher um novo líder para o substituir.
Os críticos sugeriram que o momento da demissão foi mal pensado, uma vez que ocorre semanas antes da tomada de posse de Trump como presidente dos EUA. Trump ameaçou impor tarifas aduaneiras de 25% sobre os produtos canadianos no seu primeiro dia no poder.
"A demissão significa que agora há muito pouco que Trudeau possa fazer para evitar a ameaça tarifária de Trump", disse o ex-embaixador canadiano nos EUA David MacNaughton à CBC News na segunda-feira.
MacNaughton disse que Trudeau deveria ter feito a mudança meses antes, para que o Canadá se preparasse para as ameaças de tarifas de Trump, que os economistas alertaram que prejudicariam significativamente a economia canadiana caso fossem impostas.
Tornar a Gronelândia novamente grande
Trump também repetiu a afirmação de que os EUA assumiriam o controlo da Groenlândia numa publicação na noite de segunda-feira.
"Estou a ouvir que o povo da Gronelândia é 'MAGA'. O meu filho, Don Jr, e vários representantes, vão viajar para lá para visitar algumas das áreas e paisagens mais magníficas", disse o presidente eleito.
"A Gronelândia é um lugar incrível, e as pessoas beneficiarão tremendamente se, e quando, se tornar parte da nossa nação", escreveu Trump, enquanto o filho, Donald Trump Jr, se prepara para ir à Gronelândia.
A emissora dinamarquesa DR citou o líder do Departamento de Negócios Estrangeiros, Mininnguaq Kleist, que disse que a visita de Trump Jr. seria pessoal e que não havia nenhum pedido para que ele se reunisse com o governo da Gronelândia.
A ilha do Atlântico Norte foi uma colónia dinamarquesa até se tornar um território autónomo da Dinamarca em 1979. Em janeiro, o seu primeiro-ministro, Mute Egede, reiterou os apelos à realização de um referendo sobre a independência da ilha.
Egede ainda não comentou as recentes declarações de Trump, mas em dezembro disse que a Gronelândia "não está à venda e nunca estará à venda".
Trump já fez declarações sobre a Gronelândia anteriormente. Ao anunciar a sua escolha para embaixador dos EUA na Dinamarca, escreveu: "Para efeitos de segurança nacional e liberdade em todo o mundo, os Estados Unidos da América consideram que a posse e o controlo da Gronelândia são uma necessidade absoluta".
No seu primeiro mandato, cancelou uma viagem programada para a Dinamarca em agosto de 2019, depois de o primeiro-ministro dinamarquês ter rejeitado a ideia de os EUA tomarem posse da ilha.
A Gronelândia situa-se entre os oceanos Atlântico e Ártico e alberga uma grande base militar norte-americana.
Aaja Chemnitz, membro do parlamento da Gronelândia, escreveu no Facebook que o povo da Gronelândia deve dizer não às piadas do presidente eleito.
"Não deixem Trump controlar a campanha eleitoral da Gronelândia e deixar a população como perdedora nesse jogo", escreveu Chemnitz, acrescentando que era "incrível que alguns possam ser tão ingénuos para pensar que a felicidade é feita por nos tornarmos cidadãos americanos".